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O desafio da Dor Lombar em Policiais Militares

O desafio da Dor Lombar em Policiais Militares
Daniel I. Guerreiro
Jun. 23 - 3 min read
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Jornadas de trabalho desgastantes, ambientes insalubres, ter o incerto como a única certeza, resiliência física e mental; essas são algumas das peculiaridades do trabalho policial no Brasil. Pensando nisso todo agente de segurança

Toda essa singularidade pode acarretar em algumas consequências serias quando falamos de Doenças Crônicas não Transmissíveis, o que acaba gerando consequências para a qualidade do atendimento a população e ao próprio agente de segurança pública.

Dentre as Doenças Crônicas não Transmissíveis, chama muito a atenção da Dor Lombar, o que lidera os tratamentos médicos.

“O uso constante e inadequado dos materiais bélicos dificulta os movimentos e a eficiência afetando o bem-estar, a saúde e a qualidade de vida dos PMs. As cargas horárias elevadas de atividade física e trabalho do policial apresenta uma facilidade às dores lombares, devido ao tempo na posição ereta, ao uso de equipamentos, ao emocional e ao estresse. A dor lombar é a quinta razão mais comum e a causa mais frequente de incapacidade para as pessoas com menor de 45 anos de idade, além da limitação funcional, os policiais sofrem desconforto físico que pode prejudicar a qualidade de vida”(1)

Em média, policiais iniciam o serviço operacional com uma sobrecarga de equipamentos que gira em torno de 15 Kg distribuída de maneira assimétrica (geralmente com a maior parte da carga voltada para a lateral em que a arma/pistola está posicionada), o que agrava a sobrecarga na coluna e articulações. Tal distribuição não uniforme indica ser um dos fatores que corroboram para essa patologia, na grande maioria das vezes evitáveis ou mutáveis.

Outro fator que nos chama a atenção é a taxa de sobrepeso e obesidade ao redor de 70%. “Na avaliação da Composição Corporal de acordo com o IMC quanto ao kg/m² obtivemos os seguintes resultados: 34 % encontram-se dentro do peso ideal, 54 % obesidade grau I, 10 % obesidade grau II e 2 % obesidade grau III.” (2)

https://www.efdeportes.com/efd188/fatores-associados-a-obesidade-em-policiais-militares-05.jpg

 

 

Introduzir na rotina desses agentes de segurança uma alimentação mais saudável, assim como programas de fortalecimento muscular, principalmente voltados para a região do core, aparentam serem os meios mais viáveis e “baratos”. O grande desafio não seria qual programa de treinamento a ser introduzido, mas sim como.

 

 

 

 

  1. Santos MMA, Souza EL, Barroso BIL. Analise sobre a percepção de policiais militares sobre o conforto do colete balístico. Fisioterapia e Pesquisa. 2017; 24(2): 157-162.
  2. https://www.efdeportes.com/efd188/fatores-associados-a-obesidade-em-policiais-militares.htm

 


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